quinta-feira, 30 de outubro de 2014

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Sentidos e Razão


"Todo o conhecimento começa pelos sentidos
Daí passa para o entendimento e termina na Razão"

KANT, in Critica da Razão Pura

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Eu sei, mas não devia



Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.
A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos
e a não ter outra vista que não seja as janelas ao redor.
E porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora.
E porque não olha para fora logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas.
E porque não abre as cortinas logo se acostuma acender mais cedo a luz.
E a medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora.
A tomar café correndo porque está atrasado.
A ler jornal no ônibus porque não pode perder tempo da viagem.
A comer sanduíche porque não dá pra almoçar.
A sair do trabalho porque já é noite.
A cochilar no ônibus porque está cansado.
A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra.
E aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja número para os mortos.
E aceitando os números aceita não acreditar nas negociações de paz,
aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir.
A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta.
A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita.
A lutar para ganhar o dinheiro com que pagar.
E a ganhar menos do que precisa.
E a fazer filas para pagar.
E a pagar mais do que as coisas valem.
E a saber que cada vez pagará mais.
E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas que se cobra.
A gente se acostuma a andar na rua e a ver cartazes.
A abrir as revistas e a ver anúncios.
A ligar a televisão e a ver comerciais.
A ir ao cinema e engolir publicidade.
A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
A gente se acostuma à poluição.
As salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro.
A luz artificial de ligeiro tremor.
Ao choque que os olhos levam na luz natural.
Às bactérias da água potável.
A contaminação da água do mar.
A lenta morte dos rios.
Se acostuma a não ouvir o passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães,
a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.
A gente se acostuma a coisas demais para não sofrer.
Em doses pequenas, tentando não perceber, vai se afastando uma dor aqui,
um ressentimento ali, uma revolta acolá.
Se o cinema está cheio a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço.
Se a praia está contaminada a gente só molha os pés e sua no resto do corpo.
Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana.
E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo
e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.
A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele.
Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se
da faca e da baioneta, para poupar o peito.
A gente se acostuma para poupar a vida que aos poucos se gasta e, que gasta,
de tanto acostumar, se perde de si mesma.

Marina Colasanti

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

domingo, 26 de outubro de 2014

Porque estamos aqui?

Você está aqui para criar a vida que você quer, para aprender as lições que precisa e para amar e ser amado

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Dar tempo :-)


Um dos maiores presentes que voce pode dar a alguem é o seu TEMPO
porque esse gesto significa dar uma parte da sua vida, que não volta!

LR/2014

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Desintoxique com ÁGUA :-)


Olhe o seu precioso corpo e ligue-o ao espirito
Restaure a saude mudando os seus habitos
e acredite que um dos segredos para o sucesso vai ser a ÁGUA

LR/2014

domingo, 19 de outubro de 2014

Só há este caminho?


Lutamos com um inegável envelhecimento da população e estou certa que muitos de nós pensam sobre o que vamos lendo e observando. E isso só pode causar-nos preocupações de futuro
Fala-se incessantemente na desertificação do interior do país, por isso custa-nos entender porque se continuam a fechar escolas, maternidades e outros serviços, arrastando populações, de todas as idades, para centros urbanos, eles mesmos já a "abarrotar" de gente e problemas. Não seria o caso de potenciar investimentos para fixar populações?
Na ultima década o pais tem vindo a subtrair-se de técnicos superiores com alguma "facilidade" . A nossa massa intelectual que a custo das familias e do Estado se tornaram capazes, enchem aviões para países que valorizam o talento, a criatividade e lhes sai a formação "a custo zero".  E os jovens fazem-no por desejarem estar longe? Por quererem enriquecer com outras experiencias o seu curriculo? Não,  fazem-no em nome de necessidades de vida prementes. 
Então não seria o caso de alterar comportamentos politicos e de gestão - como andam gastas estas palavras -  para aliciar os nossos jovens a ficar, em vez de tambem nós, contratarmos estrangeiros para suprir essas faltas? Afinal nem sempre a um custo menor.
Acredito que se pense sobre o assunto, mas têm realmente em mente, neste país que é também, cada vez menos para velhos, os problemas de futuro que estão a causar? Se os nossos jovens escolhem uma vida no exterior vão também criar familias, pagar impostos, no fundo enriquecer os países de acolhimento. E em nome de quê? Que futuro imediato podemos esperar sabendo que haverá cada vez menos gente activa. A atracção dos que nos visitam pela qualidade gastronómica ou do edificado histórico, vai colocar-nos afinal em que patamar do orgulho nacional? e até quando?
O património tanto material como humano, é  cada vez mais condicionado por "números", não estará já na hora dos senhores que governam, tomarem uma atitude eficaz para contrariar as estatisticas?
Porque há uma questão que não deixa de me atormentar Serão as medidas que vemos discutir e tomar  o único e melhor caminho?

LR/2014

sábado, 18 de outubro de 2014

Menos é mais?


Menos é mais... sempre se diz!
Mas até onde somos capazes de entender o verdadeiro sentido destas palavras?
Simplificar a vida é mesmo enriquecê-la?  Mas a sociedade de consumo diz o contrario...
 Não acredite 
Para explorar o imenso potencial de que somos dotados ajuda se, seguir a politica de "menos é mais"
Experimente

LR/2014

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Crónicas e cronistas...

Li num jornal uma crónica de opinião que me deixou estarrecida. Uma senhora que fala num "Consultório de Etiqueta" referia que "ter gatos é de uma ordinarice indesculpavel" referindo-se ao facto de se misturarem animais com visitas.
Pessoalmente nunca compreendi os argumentos negativos quando algumas pessoas se referem aos "quatro patas". Nasci no seio de uma familia que sempre teve e estimou animais, desenvolvendo nos seus filhos a alegria que é cuidar e ser responsavel por um animal de estimação.
Um animal estimula a nossa criatividade, mima a nossa solidão e acompanha uma fatia da nossa vida e, essencialmente, nada pede em troca pelo muito que nos dá.
Gato ou cão ensinam-nos a lidar com os nossos sentimentos e a resolver e enfrentar dificuldades com os seus comportamentos e brincadeiras. Quantas vezes aprendemos a ser mais disciplinados e corajosos por nos relacionarmos com eles de perto. Só quem tem uma boa relação com animais sente como são especiais.
Frases como "ter gatos é de uma ordinarice indesculpavel" ou "... e nós com vontade de lhe dar um pontapé mas aterradas com a ideia de que o estupor do felino se assanhe..." são indignas de fazerem parte de uma crónica que é assinada por quem se acha no direito de "dar opiniões" com a finalidade de melhor praticar a etiqueta. 
Não posso criticar o facto da cronista pensar assim, só posso lamentar que "aconselhe"  outros a ter a mesma atitude. Ao proferir opiniões eivadas de fundamentalismo, penso que não devemos tentar influenciar outros Não quero que mude a sua forma de pensar, nem com estas palavras procuro demonstrar que sou melhor ser humano com a minha atitude. A indignação surgiu porque se está na sua mão mudar comportamentos, eles devem ser feitos de forma harmoniosa, não cruel.
A minha mãe, uma Senhora, sempre me disse que a "etiqueta" vive de meia duzia de regras mas sobretudo de muito bom senso. 
Voilá!


LR/2014

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Feliz Dia

Que hoje seja mais um dia feliz
que as alegrias passem nos teus olhos devagarinho
que tenhas em teu coração o perdão e a bondade
e nunca te esqueças de agradecer
assim
O céu ficará mais  azul, o mar calmo
e a tua alma em paz!

LR/2014

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

A tua ausência







Naquele dia o sol privou-nos da sua luz
e no teu olhar a chuva triste e cinza
toldava-te a alma
Talvez o coração em chamas depois da despedida
tenha sido a razão
mas o sol escondido é um engano, porque ele continua lá,
apesar do nosso olhar não o ver...
tal como tu
que permaneces em mim
na ausência!

LR/2014


terça-feira, 14 de outubro de 2014

A pintura e eu...





Há coisas que sabemos fazer mas que não somos capazes de ensinar 
Essa é a minha relação com a pintura :-)

LR/2014

domingo, 12 de outubro de 2014

Soltar amarras...

Quantas vezes criamos pesos e amarras.
E quando damos por isso estamos amarrados a algo que não queremos. Algo que não desejamos. Mas como estamos numa zona de conforto, mesmo que seja algo que no fundo não queremos, deixamo-nos estar.
E por isso não aproveitamos as oportunidades, deixamos passar momentos positivos,  perdemos instantes que poderiam ser maravilhosos, sublimes e harmoniosos.
A sabedoria que vamos acumulando vem do tempo que vivemos, das perdas, dos momentos menos bons, das pequenas vitórias e das lições que aprendemos com quem é sábio.
A nossa força vem do fracasso, a energia vem da eliminação de dúvidas existenciais. Afinal as melhores histórias da nossa vida ainda estão para viver. Vão concretizar-se. Porque nem sempre a vida é "madrata". Mas para abraçarmos a luz, é preciso acreditar e arriscar.
Das mais profundas dores irão nascer os mais belos louvores. Porque acreditar em nós, é acreditar que os instantes em que o coração bate mais forte para viver a vida, irão durar, num constante estado de energia cheia de vivacidade, entusiasmo e dinamismo.
Temos de começar por algum lado. Não há um momento ideal para se concretizar uma mudança. O mais importante é dar o primeiro passo. Sermos fortes na crença daquilo que queremos alcançar. Manter a fé, custe o que custar. O milagre da mudança só irá acontecer se tiveres coragem, preserverança, temeridade e rasgos de valentia. No fim irá valer o esforço. Isso é uma certeza absoluta.

LR/2014

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

A bússula ...








No último Natal que passamos juntos deste-me uma bússola. 
Minúscula. Simbólica. Eu invejava por vezes o teu sentido de orientação. :-)
Sempre achei que eras atraído para mim como as agulhas das bússolas, pelo magnetismo. Assim a bússula fez sempre sentido entre nós
As minhas memórias jamais se encherão de pó. Jamais me perderei ou ficarei a leste do que sou. Do que vivi.
Porque as memórias me ajudam a saber exactamente qual é a minha essência, pertencer a mim mesma e, que ao percorrer os caminhos da felicidade, não esquecer sempre quem, não estando, estará para sempre em mim.

LR/2014

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Ter paciência não significa engolir sapo


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"Estamos vivendo um crescente paradoxo: a vida moderna, com os seus meios de comunicação cada vez mais velozes, vem requisitando ter mais e mais paciência. Se pensamos estar ganhando tempo ao aplicar a tecnologia moderna ao nosso quotidiano, é melhor reconhecermos que desta forma temos perdido a habilidade de lidar com o nosso tempo interno: estamos cada vez mais impacientes.
Queremos que o nosso mundo interno, as nossas emoções, sentimentos e percepções, fluam com a mesma velocidade máxima da Internet… Como não toleramos esperar o tempo natural do amadurecimento de nossas emoções, sofremos a dor da impaciência: semelhante a uma queimadura interna, ardemos de ansiedade!
Intuitivamente, sabemos que algo não vai bem, mas como temos a urgência de nos livrarmos da pressa interna cada vez mais estimulada pela aceleração dos acontecimentos, não temos mais tempo para sentir, compreender e transformar nossas emoções.
Sofremos um grande paradoxo: cada vez que produzimos mais no mundo externo, criamos menos no mundo interno. Podemos estar ganhando mais tempo e espaço à nossa volta, mas temos de admitir que estamos perdendo a habilidade de lidar com nosso tempo e espaço internos.
Paradoxo é uma contradição, algo que ocorre ao contrário do esperado. Todos nós, com a inocente esperança de viver melhor, assumimos mais compromissos do que podemos e depois nos surpreendemos com problemas mais sérios e inesperados do que imaginávamos enfrentar. Quando as coisas não funcionam de acordo com as nossas expectativas, temos cada vez menos paciência, nos tornamos mais rígidos e cansados.
Por que continuamos nesta roda viva se já temos consciência de suas consequências? Acredito que parte da  nossa confusão interna está no facto de que compreendemos erroneamente a virtude da paciência. Por ignorância, insistimos num esforço insensato. Por exemplo, quem já não confundiu a experiência de achar que estava tendo paciência quando na realidade estava engolindo sapos?
Enquanto confundirmos auto-controlo com a capacidade de reprimir os nossos sentimentos, em vez de conhecê-los, estaremos correndo o risco de tolerar o que não é para ser tolerado! Em certas situações adversas, podemos pensar que estamos tendo paciência, quando, na verdade, estamos apenas sobrecarregando. Suportamos o sofrimento externo às custas de muito sofrimento interno.
Ser paciente não significa sobrecarregar-se de sofrimento interno, nem estar vulnerável ou ser permissivo com relação às condições externas. Ter paciência não é ser uma vítima passiva da desorganização alheia. Não é útil, por exemplo, ter paciência em uma situação em que se esteja sendo explorado.
Segundo a psicologia do budismo tibetano, ter paciência é a força interior de não se deixar levar pela negatividade. Ter paciência é escolher manter a clareza emocional quando o outro já a perdeu. Neste sentido, ter paciência é decidir manter sua mente limpa, livre da contaminação da raiva e do apego.
No entanto, não basta termos uma intenção clara quanto a nossas escolhas, é preciso desenvolver a força interior para sustentá-las. Neste sentido, não basta compreender racionalmente o que é ter paciência, é preciso cultivá-la interiormente. Temos de admitir que o tempo de que precisamos para amadurecer uma compreensão emocional é muito maior do que aquele de que necessitamos para sua compreensão racional.
Segundo o budismo tibetano, há três tipos de paciência:
1. Não se aborrecer com os prejuízos infligidos pelas outras pessoas, isto é, não nos abalarmos quando somos intencionalmente provocados e feridos.
2. Aceitar voluntariamente o sofrimento para si: se alguém demonstra ter raiva, não deve responder com raiva; ou, se alguém o magoa ou insulta, não deve reagir, mas sim compreender o porque da outra pessoa não ter tido controlo sobre as suas emoções.
3. Ser capaz de suportar os sofrimentos próprios do desenvolvimento espiritual.
Inicialmente, poderíamos avaliar estes tipos de paciência como um estado de covardia ou de submissão aparentemente masoquista. Se, ao não reagirmos diante de uma provocação, estivermos apenas tentando conter nossa raiva e não buscando transformá-la, acabaremos por implodir e iremos ser rancorosos. Enquanto o auto controlo excessivo nega as nossas necessidades internas, o auto-controlo saudável não reprime os sentimentos: lida directamente com eles.(...) "

Portal do Budismo
Pensamentos Dalai Lama (excerto)

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Never underestimate what you have to say...







The potential for you to teach what you’ve experienced is much. In fact, your life lessons are just as valuable as your academic knowledge. 
Therefore, every trial and tribulation can help you be of service to the world.
Have faith in your ability to teach, because teaching is simply passing on to others information they didn’t already know. You probably already do this by sharing the lessons you’ve learned and the discoveries you’ve made with your colleagues, family members, children, or friends. 
So please, never  underestimate the importance of what you have to say

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Parabéns a Você


Cumpre hoje o segundo aniversario
Companheira de brincadeiras de horas boas eàs vezes menos boas Mas sempre com a mesma disposição alegria e carinho
PARABÉNS Delta :-)