sábado, 16 de maio de 2015

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Maria Montessori

 Maria Montessori.
Ficou conhecida não só pelas suas ideias sobre a vida, o mundo e a educação mas também pelo método que ela própria criou e desenvolveu e que leva o seu nome. Com aplicação prática, ainda hoje, em escolas de crianças dos 3 aos 6 anos se ministram os seus ensinamentos, por professores com preparação adequada,  onde todo o desenvolvimento e a metodologia se apoia na sua experiência de resultados comprovados, ao longo de décadas.
Desde cedo Maria Montessori foi uma rapariga de espírito bastante aberto, nunca mostrando concordar com a sociedade em que vivia. Nascida numa família de classe média alta, cedo percebeu que seguiria o rumo que desejasse, pois tinha atitude, coragem e ideias próprias, o que naquela época, era uma provocação social. Demonstrou-se sempre curiosa e interessada sendo a Matemática e a Ciência  as matérias que mais a atraíam.
As lutas a que se propôs desde cedo, começam pela educação superior, quando frequenta um curso de medicina desafiando todas as convenções. A sociedade considerava que as mulheres eram incapazes de desempenhar tarefas que exigissem estímulo intelectual e Maria como nunca aprovou esse conceito absurdo, vai prova-lo ao longo de toda a sua vida. Foi a primeira médica a sair da universidade, na Itália.
Recusou-se a casar, já que se o fizesse teria de desistir da sua carreira. Durante o tempo de Mussolini à frente dos destinos da Itália vai opor-se-lhe. Hitler vai destruir-lhe o trabalho conseguido, obrigando-a mesmo a tornar-se uma cidadã do mundo, mas nunca serão perdidas as viagens. A paz e a igualdade entre os seres humanos, com vista à liberdade individual e à independência como defendia, foi a sua luta de sempre. Acreditou desde cedo que todos temos uma missão na Terra, da qual nem sempre estamos conscientes.
A par da sua carreira de médica,  vai interessar-se pela luta sufragista que apoia, pois em toda a Europa e nos Estados Unidos começa a fazer-se ouvir.

Porque era uma mulher com certa influência, vai dar aulas sobre saúde sexual, na Universidade de Roma, o que uma vez mais a vai levar para a ribalta da notícia. Torna-se secretaria de um grupo de sufragistas, é convidada a falar em Berlim sobre a causa das mulheres trabalhadoras e procura com a sua luta promover a igualdade de trabalho e salários de homens e de mulheres.
Sempre com uma grande capacidade de discursar de improviso, o que em parte se pode atribuir à sua grande paixão pelo que fazia, de apurado sentido estético a notar pelo cuidado com que sempre se apresentava, fazia dela uma personagem de destaque.

Preparado o adulto para as classes e uma Criança Equilibrada, são os pilares que o Método comporta. Ao permitir ao professor tratar cada criança individualmente em cada matéria de acordo com suas necessidades individuais, cada criança trabalha ao seu próprio ritmo e não desenvolve espírito de competição e em cada momento as crianças têm oportunidades de se ajudar mutuamente o que é feito com grande prazer e alegria. Porque a criança trabalha a partir da livre escolha, sem coerções nem necessidade de competir, não sente as tensões, os sentimentos de inferioridade e outras experiências capazes de deixar marcas no decorrer da vida. Desenvolve-se por isso a totalidade da personalidade da criança e não somente as suas capacidades intelectuais. Preocupa-se também com as capacidades de iniciativa, de deliberação, escolhas e componentes emocionais.
Apesar de todas as dificuldades, Maria Montessori foi encontrando grandes ajudantes nessa sua diáspora educacional, por haver grande aproximação à sua filosofia de vida tal como a que pode encontrar na India com Gandhi.
Hoje existem em todo o Mundo escolas Montessori o que significa que a sua didáctica demonstrou poder ser praticada em qualquer tempo e em qualquer lugar, onde haja crianças.

(Excertos de um trabalho sobre Maria Montessori, assinado pela autora deste texto)
LR/2015 




quarta-feira, 13 de maio de 2015

Amanhã outro dia


O horizonte sempre estará tão perto
quanto desejarmos que esteja
Amanhã
outro dia!

LR/2015

domingo, 10 de maio de 2015

Amar




"Quiero decir que el amor es un retorno al centro de sí mismo. somos nadie, nada, todos, cada uno de nosotros infinitamente esclavos de una ilusión ineludible. amar por amar. amar el amor y sus efectos. amar la utopía de su carácter. amar la forma en que amamos, la forma en que nunca amaremos. amar.
____ Rosa Berbel, España."

sábado, 9 de maio de 2015

Dia da Europa


Porquê um Dia da Europa?

Quando, em 9 de maio de 1950, propôs à República Federal da Alemanha e aos outros países europeus que quisessem associar-se a criação de uma comunidade de interesses pacíficos, Robert Schuman realizou um acto histórico. Ao estender a mão aos adversários da véspera, não só apagava os rancores da guerra e o peso do passado como desencadeava um processo totalmente novo na ordem das relações internacionais, ao propor a velhas nações, pelo exercício conjunto das suas próprias soberanias, a recuperação da influência que cada uma delas se revelava impotente para exercer sozinha. Esta proposta de Robert Schuman, conhecida como "Declaração Schuman", é considerada o começo da criação do que é hoje a União Europeia. Na Cimeira de Milão de 1985, os Chefes de Estado e de Governo decidiram celebrar o dia 9 de maio como "Dia da Europa".
A Europa que, desde essa data, se constrói dia a dia representou o grande desígnio do século XX e uma nova esperança para o século que se inicia. A sua dinâmica nasce do projecto visionário e generoso dos pais fundadores saídos da guerra e animados pelo desejo de criar entre os povos europeus as condições de uma paz duradoura. Esta dinâmica renova-se sem cessar, alimentada pelos desafios que se colocam aos nossos países num universo em rápida e profunda mutação. Este imenso desejo de democracia e de liberdade fez cair o muro de Berlim, devolveu o controlo do seu destino aos povos da Europa Central e Oriental e hoje, com a perspectiva de próximos alargamentos que consagrem a unidade do continente, confere uma nova dimensão ao ideal da construção europeia.

 http://ec.europa.eu/portugal/comissao/europe_day/comemoracao_9maio_pt.htm


sexta-feira, 8 de maio de 2015

Fragilidade e Força





Se toda a sua vida foi construída em torno da sua força e da sua vontade, nunca dúvide dela.
 Não se deixe abalar pelas fragilidades, use-as a seu favor e continue.

LR/2015

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Parar um pouco



O tempo anda a correr. Apesar da chuva ameaçar constantemente estes dias, a precisarmos de aturar um fresquinho bem cedo e um fresquinho bem tarde, ainda assim, a Primavera está instalada e como caminhamos passos largos, Maio adentro, precipitamo-nos já para o Verão e há dias que nos parecem ainda Fevereiro ou Março.
São as tarefas a que nos obrigamos diariamente e, apesar da agenda cheia não me parecer mal, hoje dei por mim com saudades de olhar o céu calmamente e sem deveres para cumprir.
E como me obedeço amiúde, foi mesmo isso que fiz, num intervalo entre aulas e compromissos assumidos.
O céu estava azul, o sol brilhava, coloquei os "phones" e ouvi dois trechos de "Énia", que estão gravados no meu telemóvel.
E fui e voltei daquela janela no alto do edifício. Lá em baixo a azáfama do costume, as pessoas um pouco maiores que pontos rasgavam a calçada, apressadas a cumprir horários e preocupações, como eu estaria se não me tivesse aquietado por breves minutos.
E foi tão boa aquela pausa relaxante E foi tão bom a musica a tocar. E os pássaros e eu a voar.

LR/2015


terça-feira, 5 de maio de 2015

Sonhe... sonhe sempre!




Sonhar é o que faz o mundo avançar...
Nunca desista dos seus
porque se o fizer vai desistir de si
Porque
lembre-se que a verdadeira coragem
é seguir a nossa intuição...


LR/2015

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Meditar


MEDITAR


muitas vezes uma pessoa não sabe o que quer
até que lhe mostrem,
a meditação
é um caminho...

LR/2015


quarta-feira, 29 de abril de 2015

ÊTRE ET AVOIR (Ser e Ter)







Passado numa vila do interior da França, Auvergne, este filme fala-nos dos processos pedagógicos utilizado pelo professor Georges Lopez, numa sala de aula, local onde se partilham vários níveis de escolaridade, e onde podemos perceber como a educação, pode ser fundamental num percurso de vida. 
Desde a forma como as crianças são transportadas à escola, no início do ano escolar, com tempo de chuva e neve, até ao Verão onde em simultâneo os alunos se vão despedir de um professor em fim de carreira e dar inicio a um novo percurso escolar, este documentário alarga o seu âmbito, levando-nos também a conhecer a vida das crianças e a do professor, fora da classe.
Ao fazerem os exercícios propostos, de que nos apercebemos ao longo da visualização, os alunos são sempre desafiados para a aquisição de novos conhecimentos, com a preocupação de que cheguem por si mesmos à solução. O processo desenvolvido na área escolar, que em determinados momentos se estende às suas famílias, são sabiamente esgrimidos pelo professor. Durante a resolução de problemas específicos por alteradas atitudes, de aproveitamento ou de comportamento, é-nos demonstrada a importância que deve ser dada à gestão das “pontes” de diálogo, a fazer com a família, para que desse trabalho conjunto, resulte uma boa formação académica e de carácter, dos jovens.
Quando o realizador nos faz tomar contacto com os tempos livres dos pupilos, percebemos que as tarefas agrícolas, apesar da pouca idade dos intervenientes, estão perfeitamente estabelecidas a par da execução dos trabalhos de casa escolares, em que a família, especialmente centrada na figura materna, dá uma ajuda. Por vezes há mesmo reunião familiar à volta das contas de multiplicar.
Quando estão estabelecidas relações de confiança entre professor e alunos e mesmo entre alunos, está construída a base para uma aprendizagem com sucesso, porque existe nesse caso uma verdadeira alegria pelo conhecimento. Quando aquela turma se desloca à escola para onde os mais velhos vão transitar, é proporcionado acompanhamento e esclarecidas duvidas pelo professor, tranquilamente, sem conflitos psicológicos e sempre com a maior atenção ao desenvolvimento afectivo. Mesmo quando existem problemas relacionados com a timidez ou falta de confiança, o professor recorre à conversa informal, proporcionando uma construção interior sólida ao aluno que o fará desenvolver capacidades por si mesmo, no futuro.
Ao saber que o seu mestre-escola não vai voltar a dar aulas, cria-se nos alunos a inquietação da despedida, a que o professor, em si mesmo, também não é indiferente. Sem dúvida um sentimento que irá, a partir daquele momento, criar espaço, para o amadurecimento, que faz parte do fenómeno “crescer”.
Filme a ser visionado por professores, pais e educadores em geral.


(Être et Avoir, Realização de Nicolas Philibert, França, 2002, visionado em 24-04-2015; 
https://youtu.be/d79sc72IN3s )


LR/2015