terça-feira, 20 de maio de 2014

Afinal para onde vamos?





Françoise Collandre
"Imaginação"


Se por acaso as notícias fizessem parte de um qualquer guião radiofónico ou televisivo eu podia considerar normal, contudo, pasme-se, são primeiras páginas, abertura de telejornais, conversa de mesas redondas. Guerras, mortes, politiquices, crianças abandonadas, animais mal tratados.A cultura a definhar em Secretaria de Estado sem poder, jovens a emigrar com um diploma debaixo do braço...
De facto, em cada novo dia, mais me entristece o nível a que chegou o meu País. Será possível que não se consiga fazer um pouco mais?
Um País que sistematicamente desrespeita os direitos humanos – basta olhar para o tratamento dispensado às crianças, e mesmo aos animais – que politicamente se tornou “antropófago” dentro das suas instituições e que continua na senda da mediocridade assinalando com ênfase, “o rei vai nu”, não merece mais do que um lamento.
Qualquer que seja a abordagem ou a meta a atingir é sempre na degradação de alguém ou de alguma coisa,  graças à eliminação de problemas fundamentais, que se tropeça.
É por isso que os jovens não se revêem na classe política, nas escolas, no oportunismo da sociedade civil. Afinal que exemplos recebem?
Afinal para onde vamos?

LR/2014

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